quarta-feira, 9 de maio de 2012

Nas Paredes . . .


Nas Paredes . . .

No ano passado, eu me mudei para um apartamento de classe média. A vizinhança era boa, e parecia que tudo eu fazia era apenas trabalhar. Nada se quebrou durante a mudança, e eu tive muitos amigos para me ajudar, eu até encontrei vinte dólares no meu sofá! Poxa cerveja dinheiro? Oh yeah!

Enfim, tudo em seu lugar. Nos dois primeiros dias, eu pensei que a vida não poderia ficar melhor, minha namorada passava algumas noites comigo, meus amigos estavam felizes de eu finalmente ter independência, e meus pais foram compreensivos com minha mudança. No entanto, havia algo que eu não tinha percebido (e já era tarde demais). E agora eu estou condenado a permanecer nessa prisão, que eu me encontro agora, eu vou contar essa história.





A primeira vez que aconteceu, eu estava no meu quarto. Eu estava jogando meu Xbox. Sabe, quero dizer, onde você consegue fazer 10 headshots seguidos sem suar a camisa. Como eu estava detonando terrorista não prestei atenção, mas ouvi algo no andar de cima (meu apartamento é um loft, e meu quarto era no segundo andar). Parecia que alguém estava correndo lá em cima. Tipo estava correndo na sala batendo nas paredes, era apenas algo totalmente desagradável.

"Ei, gato idiota, saia da minha casa, ou chuto seu traseiro peludo!”

O barulho parou.

Esperei alguns instantes antes de voltar para o meu jogo, mas já era tarde demais. Eu já estava condenado. E os terroristas do jogo haviam me pegado...

"Filho da...", eu respirei fundo.

Os próximos dias foram normais, havia sons pela casa mais que não deveriam estar lá, pensei que seriam apenas os tubos do aquecedor, você sabe o barulho que faz. No entanto, cerca de três dias mais tarde, aquele gato idiota entrou sorrateiramente em minha casa e começou a bater na merda da minha janela.
"Tudo bem, você não está saindo tão fácil desta vez", gritei descendo as escadas. Como meu pé chegou ao último degrau, algo pelo canto do meu olho se deslocado. Eu olhei tão rápido que eu tenho certeza ter visto algo realmente. "Oh, caramba!" Eu gritei. Eu nem mesmo prestai atenção ao fato de que o que estava em minha casa - tinha desaparecido.

Depois disso, ficou pior.

Naquela mesma noite, quando eu deitei na cama, as batidas começaram novamente. Não só começaram como, foram piores, mas foi no meu andar da casa desta vez. Eu tinha certeza de que eu tranquei tudo antes que eu viesse me deitar, então aqui eu estava mijando nas calças a 900 quilômetros por hora, enquanto algo destruía a minha casa. Eu realmente havia puxado os cobertores para cima de mim (Ei, eu estava com medo). O ruído se aproximava das escadas. Assim eu esperava que a festança lá em baixo, chegasse até mim, e ele parou.

Na manhã seguinte, peguei meu taco de beisebol, saí da cama, se essa coisa ainda estivesse lá, iria se arrepender. Eu não achei nada, mas minha casa foi revirada.
Quase tudo foi derrubado, rasgado, quebrado, ou pior. Eu só percebi que não havia sido roubado.

Liguei para a polícia, eles não fizeram merda nenhuma. Mas os ruídos pararam por uma semana. Claro que eu estava chateado que alguma coisa idiota destruiu o meu novo apartamento, mas pelo menos eu estava bem. Mas, é claro, agora eu sei que ele não era um ladrão, ou um gato, ou tubos nas paredes.

Uma semana após o incidente, aquilo voltou.

Desta vez ele estava chateado. Fiquei surpreso com meu sono pesado, acordei bruscamente, com o barulho de um vaso quebrando em mil pedaços. E depois alguns pedaços voaram ao segundo andar, como se zombasse de mim.

Pouco tempo depois, comecei a ouvir sons profundos, ruídos guturais, batidas nas paredes novamente. Vindo de dentro de casa, sem dúvida. Enquanto eu estava deitado lá na minha cama, deixei escapar o mais silencioso suspiro, e então o ruído parou.

Depois de vários momentos cuidadosamente longos de silêncio, eu soltei a respiração que eu estava segurando, pensando que era mais seguro agora. Grande erro, eu percebo, como os ruídos de repente começam a ficar furiosos e a subir as escadas. Incrivelmente rápido, incrivelmente alto, ouvi seus passos contra o meu piso de madeira.

A besta, era como eu poderia chamá-lo agora com precisão, quebrou minha porta do banheiro, onde eu estava escondido, ao abri-la com muita força, empurrando tudo no caminho para o lado oposto do banheiro. Sendo uma pessoa inteligente, eu já tinha me escondido debaixo do meu campo impenetrável de segurança conhecido como o cobertor comum.

O barulho do monstro correndo pelo meu quarto, eram passos altos o suficiente para danificar meus tímpanos, por estar tão próximo, era a coisa mais assustadora que eu já experimentei na minha vida inteira.
Com uma súbita explosão de adrenalina, eu joguei o cobertor na direção da coisa, de alguma forma ela bateu com impacto sobre mim e direto sobre seu rosto. Quem - ou o que quer - isso fosse, estava atordoado. Mas não por muito tempo, e eu sabia disso. Aquilo se movia freneticamente por meu quarto, tentando talvez encontrar as escadas, ir para embaixo ou para fora.

Esta noite, a sorte não estava do meu lado. Eu sabia disso porque um pedaço grande do meu couro cabeludo foi agarrado por trás e puxado com tanta força que podia jurar sentir um ventinho no meu crânio, junto com uma porrada de sangue. Antes de um grito escapa à minha garganta, eu estava sendo pressionado na parede por um animal, sem pelos, escuro, que anda sobre quatro patas com uma cara mal posso imaginar outra vez, então ele esmagou minha cabeça com o seu punho, e tudo ficou escuro, como se eu dormisse. 

Alguém novo se mudou para o loft, mas eles nem sequer notaram a minha existência. Eu pacientemente assistir, esperei, ouvir, na esperança de que eles me ajudassem. Mas não, não me acharam, nem ajudaram.

Talvez eu não valha a pena para eles...




Talvez se eu bater nas paredes.





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