São 11 horas da noite.
Eu estava começando á adormecer, mas ainda me mexia um pouco na cama, o som dos cobertores, era o único som. Eu comecei a sonhar, um sonho calmo e bom, mas eu não sabia se estava apenas imaginando aquilo de olhos fechados ou sonhando.
Eu ouvi a porta do meu quarto se abrir, e junto com seu rangido eu ouvi o sussurro de meu nome...
De repene eu estava acordado, atento e assustado... meu coração começou á palpitar mais forte, e eu me encolhi dentro das cobertas...
Eu disse "Sim?". Eu estava apreensivo e pensando estar ouvindo coisas.
Então percebi que era a voz da minha mãe, o sussurro estava mais nítido. "Posso entrar no quarto?"
Sentei-me lentamente na cama, e com um suspiro de alivio e disse: "É claro que pode mãe".
Ela caminhou lentamente pela porta, olhando para mim, eu percebi sua figura na escuridão, sua camisola branca, ela parecia calma. Eu comecei a ficar preocupado, pensando que ela estava passando mal...
"O que há de errado mãe?". Notei uma hesitação enquanto ela fazia o caminho ao lado de minha cama. Eu me estiquei para acender a luz... E ela disse:
"Não, não, não, não acenda a luz. Eu não quero acordar sua irmã". Ela então se sentou na cadeira entre minha cama e a de minha irmã.
Fiquei com vontade de me deitar, mas esperei que ela falasse o que ela tinha. "O que aconteceu?" "Bem, eu não conseguia dormir, fiquei pensando no que está prestes a acontecer com a sua irmã".
Sua expressão se alterou, e sua cabeça se inclinou para o lado, enquanto ela voltava seu olhar para a cama de minha irmã.
“Espere... do que você esta falando?"
Ela, então, diz: "Não se preocupe, você vai será ..."
Algo interrompeu minha mãe. Notei então que ela não estava mais olhando para mim nem para a cama de minha irmã. Ela estava olhando para a porta de meu quarto.
Eu me virei lentamente para a porta... Na porta havia uma figura feminina, uma mulher de cabelos longos, e camisola branca. Era minha mãe.
"Com quem está falando Tiago?". Pergunta sua mãe encostando-se na porta.
Confuso, viro lentamente a cabeça para olhar minha mãe ainda sentada na cadeira entre as camas. Ela estava olhando agora para baixo, com seu cabelo cobrindo o rosto, ela estava em silencio.
Estico-me novamente para chegar ao interruptor. Ao fazer isso, minha suposta mãe, sentada na cadeira ao meu lado começa a rosnar, já não soando como minha mãe... parecia mais um animal.
Quando acendo a luz...
O que esta sentada na cadeira é uma criatura...
O meu pior pesadelo.
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