terça-feira, 18 de setembro de 2012

A Princesinha do Papai







Papai me chama de sua princesa. Eu me sinto como uma também, especialmente quando estou usando uma coroa de princesa. Meu pai as faz para mim. Ele é um artista, veja você. De vez em quando, papai diz que tem um presente para mim. É uma caixa, geralmente envolto em muito papel brilhante com um arco em cima. Recebo com um grande sorriso no rosto. Eu rasgo o papel e abro a caixa e retiro o papel, barulhento, e meu sorriso fica ainda maior. É a mais nova coroa que papai fez para mim, tudo para mim, e é linda. Elas são sempre bonitas.





Papai começou a fazer as coroas de princesa após minha mãe ir embora. Lembro-me de vê-la partir. Ela tinha uma mala grande e castanha. Eu ainda não sei por que ela não me disse adeus ou quando ela voltaria para casa. O papai diz que ela não vai voltar para casa, mas eu acho que ela vai, um dia. Eu me lembro quando o papai me deu o minha primeira, há dois anos. Eu tinha seis anos. Lembro-me antes de abri-lo, papai parecia assustado, como se tivesse com medo de que eu não gostar. Eu adorei, e eu usava todos os dias até que ele me deu a segunda. Eu tenho nove agora.

Uma das minhas coroas favoritas tem peças de prata sobre ela. Papai me deu no ano passado. Eu adoro como ela brilha na luz do sol. Eu só vi como brilham na luz do sol que entra pela janela. Papai não vai me deixar levá-la lá fora. Ele não me deixa levar qualquer um dos meus brinquedos lá fora. Ele não quer que eles se quebrem. Quando eu estou com um amigo, papai garante todas as coroas de princesa estejam na sala de coroas. É onde ele ás mantém seguras. É onde ele as faz também. Eu nunca estive na sala de coroa, e eu tentei, mas papai sempre a mantém trancada, e eu não sei onde está a chave.

Eu não estou autorizado a mostrar aos meus amigos as coroas porque o papai acha que vou quebrá-las ou um dos meus amigos vão roubá-las. É por isso que eu não posso dizer aos meus amigos sobre as coroas. Se eu realmente contar, ele nunca vai fazer outra, e ele vai jogar tudo fora. Eu não quero isso. Eu amo minhas coroas de princesa. "Hey princesa". Papai me diz com um sorriso. Ele diz: "Eu tenho um presente para você", e eu vejo a caixa atrás dele na mesa de jantar, tão brilhante com uma curva bonita em cima. Eu sorrio e corro para ele. Eu rasgo fora da curva do papel e abro a caixa. Eu retiro o papel ruidoso, papel fino e amarelo, até que eu vejo. É linda.

Meu pai aponta o que ele fez com os dentes que ele arrancou do garoto da rua do lado, e como ele costurou a pele macia dele no interior da coroa, para que eu não machuque minha cabeça quando eu á colocar, ela é realmente linda, com esses dentes brilhantes. Eu á experimentei para ver o que ele queria dizer. Três dentes em cada lado, para caber confortavelmente entre os meus cabelos e manter a minha coroa da princesa nova no lugar.

Eu olho no espelho. É bonita. Eu pareço uma princesa. Então eu perceber, essa coroa ainda tem sangue nela. Eu tiro a coroa fora e olho para o papai. Normalmente, ele é o único que tem permissão para limpar ela. Ele sorri e acena com a cabeça, o que significa que ele deixou o sangue só para mim. Eu escolho a carne com os dentes, eu como um pedaço da gengiva, é azedo mas, é gostoso...

Então eu olho para o papai, que sorri de volta para mim. Eu amo o meu papai. Eu sou sua princesa.

5 comentários:

  1. De início eu achei que o conto tratava de pedofilia... depois vi que era simplesmente infanticídio e canibalismo e... e... psicopatia genética???

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  2. e assim ela vira a Lola daquele fime "The Loved Ones"

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  3. Lembrei do episódio The Benders de Supernatural...rsrsrsr.

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  4. Erk... Foi nojento, mesmo assim foi uma postagem ótima... Parabéns pelo blog *-*

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