sexta-feira, 13 de março de 2015

E Se Eu Morresse?




Olá pessoas, hoje tenho uma creepy sobre mim... 
Com direito a fotos da minha casa ilustrando  \(o_o)/ eee!...



Com o corpo ensopado, ela viu os azulejos brancos do banheiro ficarem claros por uns segundos com o relâmpago, e a seguir sentiu uma enxurrada de água fria lhe cair nas costas... AAArrrrrg! Merda!! 
Ela praguejou aos céus e infernos, já era noite, e a luz havia acabado pela segunda vez naquela semana. Sozinha em casa, e molhada como acharia suas coisas, como saberia onde sua mãe escondeu as velas dessa vez. Pois toda vez estavam em um local diferente.


Bom ela pegou o celular na cabeceira da cama... 50% de bateria "Que ótimo ela pensou...", saiu andando pelo quarto indo em direção do armário, pegou um pijama, e o vestiu do avesso. Foi andando pela casa, procurando por seu cachorro... Paçoca! Paçoca ela gritou, era um cachorro preto e muito pequeno para ser achado tão facilmente naquela escuridão. E com aqueles relâmpagos e trovoes ele provavelmente havia se escondido debaixo de algum lugar estranhamente estreito para ele.




Ela abriu a geladeira e pegou leite, abriu o armário e pegou o cereal... ela pensou por um segundo que poderia ver um filme no celular, pensou em ler algo que já havia escrito mais ai lembrou... Maldita seja a energia que desligou meu wifi!!


Ela sentou na sala, no escuro com o cereal cheio de leite no colo, e o celular aceso na mesa de centro iluminando a sala. Ela pegou uma colherada, e apenas se ouvia o som do mastigar crocante em sua boca...

Crock crock crock... silêncio

Crock crock crock...engole e mais silêncio...

Crock... 

Ela olhou para o corredor de sua casa, olhou a escuridão, algo se mexia no quarto de sua mãe, ela chamou "Vem Paçoca...vem cá"... silencio. E ela ouviu a porta que estava sendo segurada por uma pedra de mármore, se arrastar, e ser fechada trazendo um barulho alto e irritante. Ela pensou consigo "tudo bem não era o Paçoca, deve estar na casa dele..." e é claro que estava.

Depois de alguns segundos ela se levantou e foi ate seu quarto, que diga-se de passagem era um lugar sombrio para se ir nessas circunstancias. Ela pegou o cobertor e voltou para sala, onde estava iluminado... até que tudo se apagou.


Huuuuunf... Huuuunf.... ela ouviu uma respiração pesada atras de si... ela tentou correr mas tropeçou e caiu no cobertor que se arrastava no chão... em um instinto idiota ela se cobriu com ele, e ficou imóvel no corredor esperando que seja la quem fosse não a enxergasse...

Foi então que Paçoca apareceu, ela ouviu o som das unhas de suas patinhas vindas da cozinha, ele parou no batente entre o corredor e a cozinha, e começou a latir... Au au aua uaua uau au aua uauau auau  au auau auau....ain ain ele parou e voltou para a casinha... Misteriosamente o mini cachorro que se fingia de valente voltou para sua casinha, como que se alguém o tivesse mandado.

A porta do quarto se abriu...a maçaneta estalou como se só estivesse apenas encostada.... as pegadas vieram em sua direção fortes, e imponentes. Ela se tocou que a unica com medo ali era ela.

Ela sentiu alguém pesando uns 70kg pisando sobre ela embaixo do cobertor, foi então que esse ser saiu de cima dela e ergueu o cobertor...



- De novo o cobertor estava aqui no corredor José, não é possível.

- Para de brincadeira, deve ter sido o Paçoca que o puxou até ai...

- Ele ja estava na casinha dele, e ele não faria isso...

- Talvez ele so estivesse sentindo saudade dela, e quisesse dormir com alguém que tem seu cheiro.



Naquele instante tudo estava claro e a luz havia voltado, eu estava ali nua e molhada no chão com os pulsos abertos e sangrando, estava frio, muito frio. Eu senti meu torso todo costurado em Y e então me toquei... eu estava morta mas porque eu estav....


...

Com o corpo ensopado, ela viu os azulejos brancos do banheiro ficarem claros por uns segundos com o relâmpago, e a seguir sentiu uma enxurrada de água fria lhe cair nas costas...


Um comentário:

  1. Eita...esse conto me lembrou um pouco o filme "Os Outros"...muito legal!!!

    É bom poder ler suas histórias...

    ResponderExcluir