terça-feira, 13 de novembro de 2012

O Monstro Retorna




Era uma quinta feira, e á algumas semanas uma noticia estava se espalhado, de que um serial killer estava percorrendo por toda a cidade em busca de vitimas, ele não se importava quem era, ou onde estava, se ele quisesse poderia estar na sua casa agora mesmo... Mas naquele dia todos foram dormir tranquilos, pois Sara Norton, a moça do jornal da noite, havia dado a noticia "inédita", de que um suspeito de ser o serial killer havia sido detido naquela tarde.





O assassino em série tinha sido rotulado de "O Monstro”, pois tinha um modo de operar bem peculiar, ele entrava na casa da vitima, a drogava e em seguida a matava lentamente enquanto elas estavam paralisadas pela droga, em suas camas. O Monstro sempre deixava para trás sua assinatura, uma fotografia dele disfarçado, assemelhando-se um monstro realmente, vestido de preto com capuz e uma máscara branca sem demonstrar nenhuma emoção e com fundos olhos negros.

Naquela noite Susan voltava para casa de uma festa. Ela estava vestida com um conjunto de terninho branco e saia, ela estava com o cabelo ondulado loiro preso em um rabo de cavalo. Estava caminhando pela rua passando por uma casa iluminada, em que havia um casal sentado na varanda, apreciando as estrelas. "Eles são tão inocentes". Susan disse com uma voz suave... o casal a ouviu.

Ela continuou andando pela calçada, meio sem graça por ter sido ouvida, quando um vento muito forte passou pela rua, a noite estava clara, não parecia que iria chover... Mas o casal ainda sentado na escada daquela varanda, sussurrou alto o bastante para que Susan que estava a alguns metros ouvisse:

"Vamos entrar. Ele sempre vem com a chuva". Eles se levantaram, deram as costas e entraram na casa, sem acender nenhuma luz, nem fazer barulho. Susan achou aquilo deveras suspeito.

O casal não imaginava o quanto estava certo, não quanto a chuva, mas quanto o monstro estar vindo...

E á algumas quadras dali uma família se preparava para dormir.


"Hey Edissom, você por um acaso se certificou de fechar todas as janelas, trancar as portas, e checar se o nosso cachorro esta dentro de casa, para estar se acomodando nessa cama?.Disse Diane.

Edissom respondeu com ar de sarcasmo enquanto afofava o travesseiro:
"Eu tranquei todas as portas, feche todas as janelas, e garanti que cada parafuso estivesse bem apertado em todas as janelas e portas, quanto ao Toby, tenha certeza de que aquele fedido esta no sofá. Estamos seguros, fique calma mulher". Edissom beijou sua mulher e disse boa noite.

"Mas... Edissom e a Ellie! Ela esta no quarto dela? Sera que ela ja jantou? Como sera que foi..." Diane foi interrompida pelo ronco de seu marido, irritada por não ter sido ouvida ela lhe deu um cutucão e se virou de costas, deitou-se na cama e dormiu.

A casa estava silênciosa, a rua estava silênciosa, todos dormiam, e algumas horas haviam se passado.
Até que um grito agudo rompeu o silêncio, acordando o casal.

"O que foi isso?" Perguntou Edissom, limpando a baba no canto da boca...

"Ellie... Ellie?". Diane gritou. E em seguida empurrou Edissom para fora da cama..
 "Vai verificar o nossa filha! Não volte a dormir!!"Diane gritou muito irritada.

Ele correu para fora de seu quarto, passou pelo corredor e antes que entrasse no quarto de sua filha, ele congelou, ao ver um vulto escuro a frente da cama e da janela. A figura tinha uma máscara branca, e simples ele olhou para Edissom, inclinando a cabeça para o lado como se estivesse confuso. Mas o homem em panico nem mesmo entendeu, apenas começou a gritar, e saiu correndo o mais rápido que pode.

Ele não foi muito longe, enquanto ele corria notou sua dificuldade, e a dor que sentia no pé descalço esquerdo, ele havia pisado em uma ponta de faca, que obviamente foi implantada pelo invasor, que ficou confuso primeiramente, por Edissom não ter sentido nada.

E quando ele se deu conta ele estava rolando pela escada, pois caiu devido a dor aguda no pé. Ele agarrou o pedaço de metal que saia de seu pé e o puxou, enquanto agonizava. O sangue escorreu e espirrou, e então formou uma poça. O Monstro casualmente caminhou em direção a ele, não fazendo qualquer som com aquelas botas de borracha.

O Monstro colocou uma mão sobre a boca de Edissom e ele lentamente sentiu sua visão ficar turva, como se ele caísse em um sono profundo.

Edissom acordou sentado no vaso sanitário, coberto de suor. Ele olhou em volta e viu que estava em seu banheiro, nu, com as mãos amarradas, sua boca selada com uma fita e um pedaço de arame farpado saindo de seu estomago, mas ele não sentia dor, mas ao olhar dentro do buraco de seu estomago, viu exatamente para onde o arame estava indo. Ele estava dentro de seu intestino grosso, que estava pendurado, dentro do vaso sanitário, saindo de seu... orifício.

Ele viu sua esposa na banheira, também nua, com as mãos amarradas com uma corda no cano do chuveiro, havia um fio desencapado, que ligava o chuveiro á parede, que agora encostava no corpo de Diane.

Por fim, havia sua filha de pijama, de pé sobre a pia, com uma corda amarrada nos tornozelos, a pia estava molhada, e havia o arame farpado que saia da barriga de Edissom, enrolado no pescoço de Ellie. Não demorou muito tempo para ele descobrir que.. Ao ligar o chuveiro afogaria e eletrocutaria  Diane, que estava com a mesma corda que Ellie tinha nos tornozelos, nos seus próprios tornozelos e se debatendo ia puxar a filha fazendo ela ter sua cabeça cortada fora pelo arame farpado, que estava inserido na barriga de Edissom que teria um fim sujo... E nada agradável.

No entanto,  o monstro retornou, e agora na luz Edissom podia ver nitidamente seu disfarce. Botas pretas, calças pretas, um casaco preto, um capuz, luvas brancas, e uma máscara branca com duas órbitas negras como suas únicas características faciais.

Ed, ofegou em pânico enquanto o monstro caminhava na frente dele, em direção a banheira onde Diane estava...

O monstro...fugiu da casa e tirou a mascara depois de alguns quarteirões... Era Susan, ela tinha um sorriso perturbador, como se estivesse acabado de conversar com um velho amigo, como se nada tivesse acontecido naquele banheiro.

Ela agarrou qualquer prova e as colocou em um saco.

"Isso é o que eles ganham por esconder sua chave em baixo do tapete".

Susan não era fantasma e nem um demônio. Susan era apenas humana. Mas seus olhos... Aqueles olhos encantadoramente azuis, eram os olhos de um monstro completo...




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