quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Sweet Jacob Lake - Parte 1




1960

- Querido venha almoçar, eu fiz cordeiro no forno, vamos comer no jardim tudo bem?
- Esta bem mãe...!

Jacob era um garoto muito amado, tinha pais que fariam qualquer coisa para que seu filho ficasse para sempre com eles, tudo isso porque Marisa o considerava um milagre, pois ela não podia ter filhos e com 40 anos ficou gravida de Jacob. Isso fez com que sua vida tivesse de novo um sentido, pois o marido não era muito compreensivo, era um homem tradicional, e em certa ocasião até cogitou se separar da mulher, por ela não poder lhe dar um herdeiro. Horácio era um homem rico, sábio e egoísta. Ele nascerá em berço de ouro, e teve todos os privilégios que alguém poderia ter, porem seu pai não era presente, e por isso ele desejava com todas as suas forças ter um filho.





-Filho venha logo, eu tenho uma surpresa  Disse Horácio entusiasmado. A surpresa era certamente algo inesperado, ele comprará um Jetski para o filho, pois a família morava a beira de um lago, negro e fundo mas que nunca haviam explorado o bastante para se preocupar.

Jacob apareceu no terraço e espiou seu presente á beira do lago, e então desceu correndo a escadaria principal da casa, feita em mármore e madeira. O entusiamo era tão grande que Jacob até se esqueceu do almoço, que estava sendo posto na mesa um pouco mais perto da casa, do que do lago. Ele foi correndo até seu pai e o abraçou.

-Pai!! Obrigado obrigado!!  Mas... porque o presente?
-Bom filho... é que achei que ja estava na hora de você poder usufruir desse lago enorme... E alias... ele é nosso agora.

O garoto não era bem um garoto, ele tinha seus 16 anos, mesmo assim, era tratado como uma criança, não tinha amigos e as únicas pessoas que conhecia fora seus pais, eram seus empregados, e sua professora particular.

Jacob pulou no Jetski, sem saber muito bem o que fazer. Ele colocou apenas as mão nos guidões e os girou. O seu novo brinquedo que estava na beira do lago, e começou a se mexer, ele então se afastou alguns metros da margem e lago sua mãe apareceu gritando.

-Jacob!!! Jacob!!! Não vá muito longe querido!! É perigoso!

Ele não ouviu exatamente o que sua mãe havia dito, mas se lembrou que não sabia dirigir aquela coisa, por isso começou a entrar em pânico. Ele girou o guidão para que pudesse voltar á margem,
mas ele não calculou direito sua força, e o Jetski saiu em um pinote, e Jacob que estava de pé, caiu para trás sendo deixado para trás por seu novo brinquedo.

Ele não estava de colete salva-vidas, ele não sabia nadar, e muito menos como se manter calmo.

O garoto se debatia na água, enquanto seu pai estava em choque, e sua mãe entrava na água para socorre-lo, Marisa estava desesperada e nadava para salvar tudo que mais lhe importava nessa vida, enquanto Horácio que já não era a pessoa em mais em sã consciência do mundo, estava começando a ter mais um de seus ataques de loucura, muito comuns quando ele entra em pânico.

Jacob lutou para se manter na superfície, mas seus braços e pernas estavam cansados, e sua mãe estava muito longe de chegar a tempo. Ele afundou, e começou a pensar que talvez esse fosse seu destino e que não haveria um destino mais certo do que esse para ele. Ele fechou os olhos e sentiu a água exageradamente confortante o puxar para o fundo do lago, que só agora ele notou que tinha mais de cinco metros de profundidade.

Marisa já não sabia onde o filho estava, não havia nem mais um vestígio do que era antes seu maior presente, Jacob agora estava no fundo do lago e não havia como ela ir até ele sem se afogar.

Horácio retomou a consciência assim que viu seu filho afundar no lago negro, ele correu para dentro de casa e chamou a policia, os bombeiros e também uma ambulância. Todos chegaram em meia hora, sendo ja certo de que Jacob estaria morto. Marisa estava mais do que arrasada, ela estava tentando a todo o custo a deixassem entrar no lago para ajudar na busca.

Um dos bombeiros vestiu uma roupa de banho e colocou uma mascara de oxigênio, ele nadou até o meio do lago, e afundou. Ele procurou por um raio de dez metros até finalmente achar o garoto, ele o trouxe a superfície morto, pálido e frio.

Marisa correu até o homem e pegou seu filho nos braços, mas ele era muito pesado para que ela o segurasse então, ela caiu com ele na areia e o abraçou e beijou, dizendo que tudo ficaria bem, que ele estava apenas dormindo e que nada daquilo estava acontecendo.



1962

Marisa reuniu todos os ingredientes.

Horácio estava assustado ele sabia que não era uma boa ideia mexer com magia negra e satanismo, ele não queria ter realizado esse ritual. Mas algo nos olhos e no sorriso mórbido e doentio de Marisa, diziam que ela passaria por cima de qualquer um para ter Jacob de volta.



Continua . . .










Um comentário:

  1. Uau! Simplesmente envolvente e realista demais! Consegui imaginar perfeitamente o desenrolar da trama!
    Excelente C.L.P., obrigado por me agraciar com este início de saga!

    *e obrigado por dar um jeitinho no layout móvel!*

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