sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

A Menina Entra no Fosso...


Essa creepy é a continuação escolhida pela maioria de vocês, espero que gostem ... ^-^
Leia a primeira parte: No Fundo do Fosso...


Na semana seguinte, em uma quarta feira passei na casa da minha tia depois da escola, eu estava obstinada a resolver este mistério, sei disso porque quebrei meu cofrinho aquela manhã, e com os cinquenta reais que juntei, eu comprei 10 metros de corda e uma lanterna. Naquele dia eu fui de bicicleta para lá, para chegar mais rápido.

Chegando lá eu tive de pular o portão lateral e entrar sorrateira, fui até a estufa, que já estava quase vazia, sem plantas sem nada, e agora com a porta bem visível, eu amarrei a corda em uma torneira do lado de fora da estufa, torcendo para que a corda fosse comprida o bastante, peguei minha mochila, prendi a respiração e comecei a descer pela corda... Que para minha felicidade tinha o tamanho quase certo, o fosso tinha uns oito metros de profundidade, e o cheiro era... Minha nossa, podre. Eu tinha certeza que havia algo morto ali. Peguei a lanterna e á acendi, de inicio eu a apontei para o chão para garantir que eu não cairia em um buraco. Lá em baixo era mesmo muito grande, era como um labirinto...




Eu apontei a lanterna para cima, para ver as paredes, e foi muito assustador, elas estavam quase toda coberta de sangue e musgo, e em alguns lugares haviam marcas semelhantes á arranhões, mas eu não me amedrontei e continuei minha procura por algo vivo, ou morto, e notei que haviam dois corredores, entrei em um deles e fui parar em uma saleta, com uma cama, uma pia e um balde. Dentro dele havia algo que pareciam ser moedas e vomito, acho que afinal essa semente não devia comer moedas, haviam também muitos restos de ratos mortos, e era dai que vinha o cheiro.

Eu vi num canto superior da parede um buraco, eu notei que havia algo dentro, eram folhas de papel rasgadas, do diário de minha tia, eu comecei a ler:

“Há muito tempo viveu uma garotinha chamada Samanta, ela era doce, mas sofria com uma doença rara, nunca nenhum medico descobriu uma causa ou uma cura, muitos cientistas tentaram estuda-la, mas no fim ela começou a ser tratada como uma planta, ela devia viver na água, e sobreviver se alimentando de sangue e minerais encontrados na terra, mas com seu crescimento ela se tornou mais agressiva e não queria mais ficar na água, para se fortalecer. Ela queria ser normal, ir á escola e ter amigos.

Com a revolta de não poder mais sair de seu quarto, ela começou a machucar os enfermeiros, e até seu pai que veio há falecer algum tempo depois. A menina então foi jogada pela madrasta dentro de um porão e trancada. Não se sabe como ela esta sobrevivendo, nem se esta viva ainda depois de 20 anos, só sabemos que ela esta aqui, em nosso porão, abaixo de nossos pés".

Aquele pedaço de papel era a primeira pagina do diário de minha tia, e isso quer dizer que aquelas outras coisas, ela descobriu ao longo do tempo em que viveu nesta casa ou até bem depois de saber que havia algo aqui. Como dizia no papel, ali era mesmo um porão, e no outro corredor havia uma porta que dava de frente para uma parede falsa, dentro da casa. Infelizmente a porta estava aberta e quando eu entrei, eu vi pegadas de terra... As pegadas iam ate a sala, onde eu ouvi a televisão ligada, eu andei o mais silenciosamente que eu pude. Olhei pelo batente da porta, haviam longos cabelos negros e grisalhos que se estendiam pelo chão, eram de alguma coisa sentada na poltrona, e no sofá da sala estava um garoto, ele estava amarrado pelo que pareciam ser cipós de arvore bem finos... E sua boca estava tapada pelos mesmos.

E foi então que me lembrei que quando cheguei vi uma bola de futebol largada na calçada e que aquele garoto era o filho da vizinha de minha falecida tia.

Eu carregava comigo as folhas soltas do diário, que eu havia achado, e quando as enfiei no bolso eu ouvi uma voz familiar, a voz daquela coisa. "Hei, não vá fique mais um pouco... Aprecie comigo esta refeição." A voz era rouca, fraca e muito familiar... Mas eu sai correndo assim que ela sessou, sai pela porta da frente e subi em minha bicicleta, sem olhar para trás e pedalei como se fugisse da policia.

Eu cheguei na rua da minha casa e ao avistar meu portão eu cai como uma aleijada na calçada, de bicicleta, eu abri minha mochila para tirar uma dúvida que estava em minha mente, desde o momento em que comecei a correr para cá. Peguei os papeis e havia uma foto no meio deles, era uma das minhas tias, a que minha mãe e minha falecida tia, diziam ter morrido quando era pequena... Ela era linda, pele branca como porcelana, cabelos lisos e negros até os ombros, acompanhados de uma franjinha reta, um vestido rodado, e sapatos de verniz, de suas costas brotavam raízes, raízes secas e grossas que deviam ter crescido com o tempo.

Eu senti dó dessa minha tia, ela só queria ser normal, e viveu toda sua vida em um porão frio e úmido. Mas ela não tinha direito de machucar as pessoas. E tenho certeza que agora que ela estava livre, ela viria atrás de mim e de minha mãe. Deixe que ela venha... De qualquer forma ela não me machucaria... Eu quero conhece-la. Talvez eu volte até a casa de minha tia amanha...

Vamos ver se é verdade, que segredos de família, nunca morrem...



12 comentários:

  1. Impressionante e surpreendente, nunca ia imaginar que a menina tinha uma doença que faria ela parecer uma planta, achei que era um assassino ou algo do tipo, Você merece parabéns Claudia <3, Bjks

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  2. Nossa...
    Eu achei que seria épico, mas não a esse ponto. Muito bom, meus parabéns. Me deu alguns arrepios.
    Essa de a menina ter uma doença que a faça ser como uma planta foi uma tacada genial.
    E "final" (entre aspas porque meio que senti um "continue" da tua parte, CLP) foi diferente do normal: A menina se assustou no começo, mas depois pegou coragem e agora quer conhecer a criatura.
    Uma pena que essa alternativa que venceu, não foi nenhuma das duas que eu escolhi (até porque agora morrerei curioso pra saber os desfechos de ambas as alternativas :( haha).
    Será que tu não irá nos trazer um continue, CLP? O final ficou em aberto. Que tal?

    Do seu fã de carteirinha, Mateus.

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  3. Impressão minha ou vai ter continuação? Vai?

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    1. No no... esse final de suspense é só pra deixar vcs com vontade

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  4. Uau...Eu cheguei a pensar que a mulher do fosso fosse a tia da garota,mas...
    Ser irmã da tia e da mãe dela,ou seja...Ser tia dela? ...O.o A garota tem uma tia vegetalmente psicopata O>O...
    Gostei do final;ela começou a assumir uma personalidade meio sádica,querendo ficar de cara com o perigo que representava sua tigetal(tia vegetal e.e) e suas horroridades físicas,e querendo voltar lá...Será mesmo que ela não mataria a própria subrinha?Ahá!Dúvido,hein..uhahaushausha
    E vê se responde meus e-mails,sumida ¬¬'

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  5. E aí Claudia, tudo bem?
    Indiquei vcs pra uma campanha lá no GOTH(Girls Of The Horror),acho até que vcs já estão participando xD!

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  6. Essa forma de avaliação tem que ser mudada Claudia, não tem a opção "FODA DEMAIS", como faz?

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    1. Cara se eu colocar isso vão pensar que meu convencimento ta alto U.U
      Mas muito obrigado lol !!

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  7. Muito bom, é o melhor é que o final ficou em aberto, vc está de parabéns! (:

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