terça-feira, 16 de abril de 2013

Auto Ajuda



Carta de Marcos Antônio da Veiga - 17 de Setembro de 1998

Olá, meu nome é Marcos e eu estou em um grupo de auto ajuda, em que varias pessoas contam seus vícios, e nesse grupo em especial é o vicio de matar. Estou nisso á um ano, um ano sem sangue e sem ver o desespero nos olhos de outro ser humano. Mas o mais curioso é o como eu cheguei até aqui, e é isso que eu velhos lhes contar.

Quando eu era mais novo, com mais ou menos 18 anos, comecei a ficar viciado em histórias de terror, que eram chamadas de creepypastas, mais para mim parecia uma virose, pois todos os meus amigos liam e se viciavam, logo todos estavam paranóicos e doentes, sem nem ao menos saber distinguir a ficção das atrocidades do mundo real.



Mas eu não, eu as lia por que gosto de ler, principalmente as histórias que continham assassinos ou serial killers, eu acho que gostava mais pelo fato de ser um tipo de leitura realista, que mostrava coisas que poderiam acontecer.

Mas continuando, o tempo foi passando e eu ficava cada vez mais fascinado por aquelas histórias, mas já não era o bastante para mim apenas ler, eu queria ver, queria assistir, então comecei a ver filmes violentos, e vídeos Snuff que simulavam como seriam tais assassinatos. Eu assistia fissurado, vidrado, tendo captar a história e toda a dor dos personagens, mas depois de um tempo eu percebi que o que eu estava tentando era memorizar as técnicas.

Quando completei uns 20 anos, me mudei, fui para a casa dos meus avôs, que ficava perto da faculdade que eu comecei a cursar naquele ano, e era a de medicina, eu gostava excessivamente da ideia de mexer em corpos mortos e em estudar suas partes. Logo depois do primeiro semestre eu me mudei novamente, mas agora para o campus, depois de conseguir um estágio num pequeno hospital local.

No campus eu tinha muito mais liberdade, e isso não era necessariamente uma coisa boa, eu sempre ficava a noite toda fora. Procurando alguém para me completar, ou mais do que isso, alguém para matar. Eu ainda consigo me lembrar de como eu gostava de ver seus rostos mudando de cor ao esgana-los, ou como seus olhos perdiam a luz da vida tão facilmente, mas para mim nada era o bastante e eu queria mais... Eu queria ver o sangue em minhas mãos, senti-lo espirrar em meu rosto, e talvez até sentir seu gosto.

Eu estrangulei, esfaqueei, desmembrei, afoguei, botei fogo, estripei...

Fiz tudo de mais abominável, e depois de alguns anos fui pego, quando estava dentro da casa de uma de minhas vitimas, a estrangulando depois de fazer algumas outras atrocidades com outros membros daquela família de evangélicos. Peguei 28 anos por homicídio qualificado, na prisão eu vivi um inferno, eu passei tudo que causei as pessoas, fiz terapia e fiquei isolado dos outros detentos.

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Documento de Pré-execução


Por um momento a sala fez silêncio, e os homens que ali estavam suavam, e exalavam ódio.

Todos ele eram pais, netos e filhos das pessoas que marcos matou. Antes de terem o encurralado e amarrado, pediram para que ele escrevesse uma carta que descrevesse sua vida até o momento, o homem escreveu e depois foi jugado pelo tribunal da vida.

Alguns erros não podem ser perdoados, nem esquecidos.

Ninguém poderá viver para dizer que se arrependeu 


6 comentários:

  1. Parabéns, algum dia ainda vou escrever bem que nem você.

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  2. Muito bom texto e parabéns pelo novo template, nem simples nem exagerado, apenas perfeito.

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    1. Obrigado Klaus... ^-^
      Ainda tenho que arrumar algumas coisinhas, mas esta quase pronto lol

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  3. Bem legal o texto. Estranho como todo conto de assassino em série deve ser.

    http://minhamiseravelvida.blogspot.com.br/

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  4. Nossa o cara tipo parece eu ... fiquei chocada de como me identifiquei com tipo só num mato ninguém mas de resto achei que eu tinha escrito isso. o_O

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  5. Percebi que a maioria são criações suas... Você escreve muito bem, virei fã já xD

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