terça-feira, 12 de novembro de 2013

Não Existe essa Coisa de Monstro - Parte 2





Paulinho suava, como um porco vivo na brasa, estava tão quente e ao mesmo tempo seu corpo estava frio. Ele avistou uma criatura encurvada parada perto de si, ele tinha buracos no lugar dos olhos, uma pele cinza e dedos longos e finos, cheios de sangue. Ele parecia parado apenas, mas não estava, ele vinha em sua direção, na velocidade de um piscar de olhos. Só havia um caminho e era passando por aquela entrada, o menino se levantou e correu para dentro, deu de cara com mais dois caminhos, ele seguiu o da direita, que desembocou em mais três caminhos, e ele entrou no do meio. 

Tudo começou a ficar mais escuro, mas em sua mente tudo ficava mais claro, ele estava dentro de  um labirinto, Pedras pontudas nas paredes, e elas eram repletas de arranhões e sangue, o chão cheirava a carne podre e realmente haviam algumas partes humanas que podiam ser identificadas, como orelhas e muitas unhas... isso o deixou ainda mais assustado. Ele se sentia cada vez mais perdido dentro do labirinto, mas em um momento cansaço, ele parou, olhou para trás e viu uma criatura cinza vindo em sua direção, ele olhou fixamente sem piscar e viu entalhado em seu peito um nome...Rake.





Ele não sabia o que este nome significava, mas com certeza ele sabia que era o nome da "coisa", e que isso não devia significar nada de bom. Ainda olhando para o monstro, ele teve uma ideia. Ele virou o rosto levemente, indicando a direção em que iria correr, e tentando surpreender a criatura ele correu freneticamente para o outro lado. Entrando em um corredor bastante estreito, de modo que ele teve que se esgueirar, pensando "Não foi uma boa ideia". As paredes a sua volta eram tão ásperas quanto lixas de ferro, a distancia entre ela devia ser menos de meio metro, isso fez com que Paulinhos se ralasse todo, em seus braços e pernas, depois de dar cinco passos, ele podia sentir o sangue escorrendo das feridas de seu corpo. E por isso ele parou, assustado pensando em quanto mais ele teria de andar, e quanto iria se machucar.

Novamente, ele se pegou pensando "E agora onde estaria o monstro?". Ele se virou com alguma dificuldade, e não viu nada, nem a neblina que antes pairava sob seus pés, a nem luz que vinha de alguma coisa pegando fogo acima dele, e nem o monstro. Ele então virou se para frente com quase nenhuma vontade de seguir em frente, mas foi bem á tempo de ver uma garra estranha, de dedos longos e finos, tateando as paredes por decima do muro.

Ele não tinha muita saída.

Se si mexesse, a garra o pegaria, se ele voltasse, o monstro facilmente sairia de cima do muro e o agarraria, então ele olhou para os lados sem saber o que fazer, mas não havia tempo para pensar, a garra estava cada vez mais perto. Então uma ideia lhe surgiu, ele permaneceu parado, olhando para a garra chegar mais e mais perto.

A respiração vinda de seus pequenos e suculentos pulmões era o único som vindo dentre aquelas paredes, mas ele sentia a adrenalina passando por suas veias, e seu coração batendo cada vez mais rápido, era como um órgão traidor. O monstro se esquivava cada vez mais, para chegar mais perto, e chegou, perto o bastante para sentir a respiração quente e úmida vinda das narinas do garoto. O ser se afastou um pouco, para ser mais fácil de agarro-lo, mas o próprio nesse momento se abaixou habilmente e passou pelas garras...

Pode pensar que sim mas esse não foi um plano tão bem elaborado quanto parece, ele contava com a sorte de ter uma altura abaixo da média para sua idade. Ou seja o garoto era quase um anão.

Ele passa por baixo de alguns espinhos e rasteja para fora do caminho estreito o mais rápido que pode.
E da de cara com um córrego, mas não um que tenha lixo ou nada comum, o que corria por aquelas valetas era sangue puro, junto com pedaços sobressalentes de pessoas e animais. Era como uma veia que não poderia nunca estourar. Ao olhar para trás ele vê que o caminho por onde veio, esta fechado em uma trama de intestinos grossos, costurados com linha preta. O córrego teria menos de um metro de largura, mas não podia-se ver seu fim. Por isso ele resolveu pular... Um, dois, três "wow", "Essa foi por pouco", o menino sussurrou. Ele olhou as paredes que antes eram de pedras ensanguentadas, e agora estavam cobertas de musgo, folhagem e galhos que saltavam para fora.

Paulinho não entendeu nada, mas viu um vulto estranho passar entre um arco estreito. Ele sentiu um arrepio na espinha, olhando em volta e notando que tudo parecia cada vez mais sombrio, em um cenário totalmente diferente...

...


Enquanto isso do outro lado do portal. Havia um pai desolado e culpado que não conseguia entender , o como e nem o porque de seu filho estar no hospital a semanas.

- Doutor, por favor, tem de haver uma explicação, porque meu filho não acorda?!!

- Senhor, seu filho sofreu uma fratura leve nas costelas, e foi apenas isso que podemos constatar de imediato. Mas não existe nenhum dano cerebral aparente, ou qualquer lesão na cabeça que explique o porque dele estar em coma profundo.

- Pelo amos de Deus, minha esposa esta doente, e meu filho em coma!! Tudo isso aconteceu enquanto nos dormíamos!! Como ninguém pode ter uma explicação!!

- Senhor, mantenha-se calmo estamos fazendo o possível. Assim que notarmos que seu filho esta perdendo a atividade cerebral, ai sim... O senhor terá motivos para se exaltar.








7 comentários:

  1. Bem legal (apesar de uns errinho aqui e "acolá")!
    Juro que ri alto aqui quando li o trecho: -"Um, dois, três "wow"!"... Li como de ele houvesse dito: -"Um, dois, três World of Warcraft!". Kiakiakiakiakai!!!

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    1. hahahah
      eu aposto que vc é muito bom em gramatica... ja eu sou horrível, como pode ver, tenha paciência eu estou começando. Mas prometo me esforçar cada vez mais sempre.

      PS: eu ando lendo o dicionario para ver se melhoro ^- ^ hehhe

      valeu por ter lido cara o/ beijuss

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  2. QUE DAORA!
    Já estava ficando ansioso pela sua volta, CLP, e eu devo dizer: e que volta! Realmente muito bom!

    Ah, e eu devo dizer: eu quase morri na última frase, porque eu tive um trabalho de montar uma rádio no último mês, e uma das propagandas que a gente pôs foi: Exalril. Tomou Exalril, a exaltação sumiu!
    kkkkk


    Tá, eu sei que isso foi inútil...

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  3. To acompanhando o blog a uns 3 ou 4 dias e ja to apaixonado pelo o que li... *-*
    Acredito que você vai melhorar bastante com esses testes de forma de escrita, pelo menos eu gostei do jeito dessa Creepy, principalmente por mostrar os pontos de vista, ajuda a imaginar mais o jeito de cada personagem u.u
    E não é querendo ser chato, todo mundo fala disso, mas tbm vou falar.. Hahaua.. Sobre o português, mas é mais uma solução, nem ligo pra isso, mas acho que pra escritores é mais importante... Então... por que você não usa um corretor ortografico? Sei la.. Acho que ia ajudar..
    Enfim, to falando demais D:
    Ahhh, só mais uma coisa, uma duvida, sobre a historia.. É impressão minha ou ela é mais voltada pra aventura com terror?

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    1. Bom... primeiro, obrigado pelo interesse, e por ter lido e gostado *o*
      E segundo, eu sei que sou péssima em ortografia, eu uso o corretor mas ele num pega todos os erros. Mas obrigado pelo toque ^-^ bjusss

      ah e não é uma... bom é meio de aventura sim, mas a ideia é de passar por lugares diferentes como em fases de jogos... so que com monstros O..O olha ai eu falei demais =x

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    2. Nem falou, nem falou.. u.u
      Mas então, deve ser por isso tambem que to curtindo a historia, sou apaixonado por jogos..
      E mais uma coisa: Malditos corretores que não fazem a correção corretamente -q

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