domingo, 2 de agosto de 2020

Chubby



Ola pequeninos
Eu vou reabrir o blog para alguns de vocês matarem a saudade...tipo poucos de vocês ainda vem aqui...se me permitem essa certa ousadia, vou tentar escrever uma historia, faz tempo que não faço isso, e posso falhar miseravelmente rs. 




Era um dia tão quente, que podia se ver fumaça saindo do asfalto, dia da feira livre na rua, todas as idosas da região estavam reunidas entre a banca de legumes e a que vendia flores e panelas.

Naquele dia uma mulher redonda com seu vestido florido, que talvez lembrasse mais do que o necessário uma capa de bujão de gaz, arrastava um carrinho de feira, andando faceira de um lado para o outro. Ela passou por algumas bancas comprando tudo que era necessário para ela e sua mãe, já idosa.

Ela estava em frente uma banca, quando viu atras dela uma casa com o portão aberto, ela não sabia quem morava ali, pessoas iam e vinham, mas ninguém ficava naquela casa de aluguel por muito tempo. Ela pegou seu carrinho ja um pouco cheio, e o arrastou até a portão de madeira, não era normal, num dia de feira ela entrar nas casas alheias, mas sua curiosidade, e o fato de se sentir certa de que era bem vinda em qualquer lugar da rua a fez entrar.






Podia se ouvir os feirantes gritando, quando ela ia entrando mais e mais casa adentro, não havia ninguém, mas havia alguma coisa...apesar de ser um dia de sol, a casa estava escura, com taboas nas janelas e a porta forrada com fita de caixa, para que não entrasse luz, ela bateu na porta...

Pode se ouvir algo mexendo la dentro, talvez fosse um gato. -Olá, alguém ai? - Ela falou com a voz baixa, pois ela não queria saber se realmente havia alguém na casa, e sim entrar sem ser convidada, mesmo que alguém a enxotasse ela teria avisado que estava entrando.

Passos lentos meio cambaleantes, ela deixou o carrinho porta a fora, a casa estava vazia, com um cheiro horrível de carniça vindo de algum lugar. Até que ela chegou em um quarto grande, havia um buraco na parede...dentro dele era mais escuro do que o lado de fora. Ela se agachou o máximo que pode devido ao seu peso. Ela tateou a borda do buraco na parede, e foi colocando a mão dentro dele cada vez mais...

Havia algo molhado la dentro, foi quando ela se desequilibrou e caiu com o braço dendro do buraco num solavanco...o braço gordo da mulher entrou buraco e quando ela tentou puxar, estava preso...Ela gritou - MERDA, O QUE É ISSO!!?- Mas la fora o barulho dos carrinhos e dos feirantes, quem poderia diferenciar alguém oferecendo frutas do que alguém preso.

Ela puxou, sentiu algo se rasgando. Ela puxou de novo, e do cotovelo para baixo ela ja não sentia mais o braço...Ela puxou e o braço ficou. Ela olhava para o que havia restado de si e não acreditava, a adrenalina tomava conta de seu corpo, e ela se via sangrando dilacerada, sem entender o que havia comido o seu braço...

Jogada no chão, sem metade de um dos braços e sangrando, Ela gritou, sem dor.

Se levantou com algum esforço e sangrando foi ate o lado de fora, quando abriu a porta..

A luz a cegou...

Ela olhou para baixo, e la estava seu braço, nem um sinal de sangue ou de nada que tenha sido dilacerado...Ela pegou seu carrinho de feira e saiu andando dali o mais rápido que pode.



Meses depois quando uma família quis alugar a casa, ela teve de ser desinfectada, pois havia mofo alucinógeno, dentro de um buraco na parede.


2 comentários:

  1. Adorei a história, por favor escreva mais

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  2. Eu definitivamente não esperava pelo final. Excelente história!!

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