sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Letters to Mom




Á muito tempo atrás, quando eu ainda era uma criança, eu via "coisas", os médicos não sabiam explicar muito bem, mas deram o diagnóstico como epilepsia, meus pais assustados não sabiam nada sobre a doença e nem o que fazer comigo, mediante a situação atual. Nós eramos uma família muito pobre, vivíamos em um barracão em uma cidadezinha chamada Algsburg. 

Devido minha doença, e nossas condições, eu fui para um sanatório no interior da cidade. Eu me lembro de tudo que ocorreu naquele local, principalmente os maus tratos que sofríamos.

Eu vou lhe contar nesta carta exatamente o que ocorreu para que eu saísse daquele local amaldiçoado. 




Era uma terça feira, e era dia de tomar remédio, alguns pacientes sempre se recusavam a tomar alguns de seus remédios dizendo que estes que os deixavam doentes, e muitas vezes por causa disso eles levavam uma surra. Você pode estar pensando que os pacientes eram adultos ou idosos, mas não havia nenhum com mais de treze anos de idade.

Naquela terça, um paciente chamado de 06-965 se rebelou, ele dizia que haviam demônios naquele prédio e que eles queriam tomar nossas almas de trevas para que nós pudéssemos ir para o inferno... Muitas das crianças entraram em pânico e começaram a correr e gritar, um garoto até tentou passar pelas grades da janela de seu quarto...mas ele ficou preso.

Varias meninas e um menino de cinco anos se trancaram em uma sala, e se mataram, o estranho é como eles conseguiram...O garoto que se rebelou entrou na cozinha e cortou os pulsos, e com seu sangue ele desenhou um pentagrama bem detalhado na parede de azulejos. Os enfermeiros pareciam estar em pânico também eles não fizeram absolutamente nada para para-los... 

E eu estava sentado em uma mesa de plastico, no refeitório desenhando... E de repente um enfermeiro tocou em  meu ombro e perguntou se eu estava bem... Eu respondi que sim olhando para a folha de papel... e quando olhei para cima ele falou fique calmo, e me diga o que é isso que você esta desenhando... Quando eu olhei para ele... Tudo em volta tinha desaparecido, as mortes, o garoto do pentagrama, todos estavam brincando e fazendo suas atividades...

Eu fiquei parado olhando para o garoto... e ele olhou para mim e colocou o dedo indicador nos lábios como que me falasse para fazer silêncio e então ele apontou para o corredor. Eu sabia para onde ele estava apontando, era para a sala em que as crianças haviam se matado.

Eu peguei minha câmera de brinquedo (todos nós ganhávamos uma, ela servia como um tipo de atividade de observação), eu entrei na sala e não havia nada, então eu dei alguns passos dentro do quarto e tropecei, mas não havia nada no chão, então eu apontei a câmera para um berço e para a porta por onde eu havia passado.

Hoje eu sei que tudo que eu vi, era real.








13 comentários:

  1. Então era a camera que fazia ele ter essas visões? O.o

    Boa historia

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    1. Não... mas ela mostrava a realidade, e na realidade ele não era louco...

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    2. Ata, agora entendi. Isso me lembrou aquele filme "ELES VIVEM" que o cara acha um oculos de sol que mostra a verdade do mundo...

      obrigado por explicar (:

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    3. O que a imagem está mostrando exatamente? Aliás, boa história, me deixou um pouquinho pertubado O.O

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    4. Eu acho que essa foto ilustra como seria a foto q ele tirou d quarto vazio... e depois de como ela ficou ao ser revelada...

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  2. Ótima história. Antigamente sanatórios eram pior que prisões,eles espancavam mesmo os doentes, os caras ficavam mais loucos lá dentro do que quando entraram, imagina crianças? Eu vi um filme esses dias,chamado After the Promise,aborda um pouco sobre esse assunto...

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  3. Muito bom ! ótimo conto , Sem enrolação e com um enrredo simples : D ! PARABÉNS !

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  4. Acredito que até hoje isto é possível acontecer.
    Beijos!!

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  5. Palmas pra vc Claudia...eu adorei esse texto!!!!

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  6. Entao na verdade ele nao era louco e tinha criado o seu próprio mundo para se refugiar dos espancamentos e de vez em quando esse mundo dele dava uma "falha" e ele via o mundo real.
    Por isso ele tropeçou num corpo no "mundo real" e no "mundo dele" nao havia morte, entao ele nao viu corpo nenhum (apesar de ter tropeçado nele).
    Então eh isso q eu entendi?

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